Um dicionário da língua portuguesa que se preze tem de pertencer a alguém que dele precise. Nosso herói passa por poucas e boas antes de chegar a mãos talentosas, que sabem bem o valor que as palavras têm... "O protagonista deste O cavaleiro das palavras é um dicionário do século XIX deliciosamente narrando sua história desde a tipografia em Lisboa, onde foi impresso, sua atribulada viagem de navio para nosso país, até os dias de hoje. E sua aventura (sim, esta é uma aventura!) é a história da formação de um povo novinho em folha, de um Brasil que não para de ser construído, de uma cultura tentando consolidar-se. E, logo depois de passar por algumas estantes menos merecedoras de seu entusiasmo pela nova terra, este volume cai nas mãos daquele que talvez seja o melhor manipulador da língua brasileira, como Camões foi o da lusitana. Que achado! Luiz Antonio Aguiar criou uma obra-prima. Sim, sei que textos de quarta capa devem ser 'publicitários', para ajudar a 'vender' o livro que anunciam. Então, você deve achar banal que eu tenha começado o parágrafo afirmando que O cavaleiro das palavras é uma obra-prima, porque toda publicidade deve encerrar dentro de si muito de exagero e um pouco de mentira. Mas, e quando o publicitário realmente apaixonou-se pelo produto a ser anunciado? O que eu posso fazer, o que escrever quando eu sei que um texto efetivamente se destaca de todos os seus colegas expostos na estante de uma livraria? Será que vou merecer crédito? Ou será que vão me achar exagerado e 'publicitário' demais? Bom, minha opinião é que O cavaleiro das palavras é uma obra-prima. Quem não quiser acreditar em mim que não acredite, mas que é isso o que eu acho, é mesmo e pronto." Pedro Bandeira