Para quando a África? Esta é uma pergunta que preferimos evitar, de tal modo a África parece não ter futuro. Mas Joseph Ki-Zerbo, historiador e homem de ação burquinês, não pode nem quer ocultá-la. Durante esta longa e notável entrevista - que, sob certos aspectos, refaz o percurso de sua vida -, ele desenha um retrato vivo e comovente da África nos tempos da globalização. Uma África que, segundo ele, desde o século XVI, é uma espécie de vagão do trem do desenvolvimento.