O autor não se contenta apenas em abordar a temática à luz do direito brasileiro, iniciativa que revela a qualidade da pesquisa jurídica aqui apresentada, pois desmistifica o tema no direito comparado, indicando os países que comungam com a plena responsabilização penal das pessoas jurídicas, bem como os que se submetem a uma responsabilidade intitulada quase penal e aqueles que pactuam com a irresponsabilidade penal dessas mesmas pessoas. O autor não se limita a examinar as regras trazidas pela Lei nº 9.605/98, mas, ao contrário, oferece ao leitor interessante e abrangente digressão sobre os princípios do direito penal econômico, teorias da pessoa jurídica, visão globalizada de como o problema é tratado nos vários sistemas do direito comparado, e, por fim, aprofunda-se na análise do modelo brasileiro.