Para falar do Reino de Deus ao povo, Jesus de Nazaré contava histórias extraídas do trabalho da natureza ou da atividade humana. Essas parábolas funcionam como enigmas a ser decifrados, dando ao leitor a possibilidade de interpretá-los e de considerar sua existência de forma diferente, redescobrindo alternativas de crescimento e de humanização: o caminho, a estalagem, a carne, a visão, a audição e o tato. Além disso, as parábolas não falam de Deus na linguagem teológica, mas na da vida. No momento em que a Igreja se preocupa com a transmissão da fé em um mundo secularizado, a linguagem parabólica oferece uma surpreendente atualidade. Talvez apenas um cristianismo parabólico dê ao homem a possibilidade de optar por uma novidade de vida, por relações curadas e abertas para a fraternidade.