Um crime, um assassinato, um mistério, num romance ousado e original, que abre as portas de uma metaficção e leva a linguagem para paisagens distantes. Transitando na fronteira do fato e da ficção, a escrita afiada de Halley Margon segue longe no tempo em busca de vestígios de um crime talvez nem acontecido. Pontuada pelas experimentações e transgressões formais, esta narrativa instigante flerta com o gênero policial para destilar algo de filosófico ao tocar na essência e nos limites da existência. O resultado é um texto criativo de estilo marcante, que desperta novos sentidos e novas leituras a cada página uma obra em que ecoa uma prosa voraz que traduz a voz da própria condição humana.