Neste romance, o autor exercita seu fascínio pelo passado, transformando-o em um instrumento de devassa do presente. Ganhador do Prêmio Jabuti de 2000 e finalista em 2006, o escritor Menalton Braff volta à Bertrand Brasil com seu novo romance: O Casarão da Rua do Rosário. Mais uma vez ele prova, ao narrar uma complicada saga familiar, o poder de sua escrita e a sua capacidade em descrever situações psicologicamente complexas. Na trama, cinco irmãs ocupam o casarão da rua do Rosário. Quatro delas solteiras e religiosas praticantes ao fanatismo; a quinta, viúva de um líder sindical, um dos desaparecidos de 1964. Dois irmãos completam a família: um deles casado, funcionário da prefeitura, o outro, solteiro e com deficiência mental. Este último mora numa espécie de edícula do casarão, enquanto o funcionário mora do outro lado da cidade. A história é contada em terceira pessoa, em cinco partes, com o narrador colado em uma das personagens em cada parte. É uma família com fumos de nobreza em oposição às transformações por que o Brasil vai passando. Os acontecimentos chegam ao início do século XXI, com os filhos da irmã e do irmão casados, em conflito entre si. O filho mais velho do funcionário municipal faz Direito e segue carreira política, chegando a deputado federal da situação já nos fins da ditadura militar. O filho mais velho do líder sindical faz Medicina com especialização em Psiquiatria. Além da história apaixonante, O Casarão da Rua do Rosário é uma aula sobre história brasileira. "O romance de Braff faz uma viagem fiel ao passado recente brasileiro - respeitando seu estilo algo solene, sua doentia resignação e até mesmo sua imobilidade." (José Castello) "Menalton Braff é uma bênção. Existir um escritor cuja preocupação é o texto, são as histórias, as personagens, o estilo, redime o conceito de literatura." (Ignácio de Loyola Brandão)