Lutero contempla a história como história da salvação, e considera os indivíduos sempre do ponto de vista do chamado à salvação. Sob esse enfoque a ordem das coisas humanas é facilmente aceita como a ordem querida por Deus, mas passa a ter um peso secundário dentro das precauções dogmáticas ou éticas do autor. É a partir do chamado à salvação que Lutero vai formar seu juízo sobre os indivíduos, o que o leva a constatações nada lisonjeiras a respeito dos que exercem o poder.