Ao apresentar o Método de Observação de Bebês Modelo Esther Bick é importante esclarecer que se trata de uma aplicação de conceitos relativos a teoria e técnica provenientes de determinado segmento do conhecimento psicanalítico. É necessário também, apontar seus limites em relação a outros métodos de observação da relação mãe-bebê, pois contemporaneamente este conhecimento constitui disciplinas ligadas à Psicologia, Psiquiatria e Biologia que tradicionalmente nos apresentaram suas pesqui­sas ligadas e adequadas ao meio acadêmico. De modo geral, as observações de bebês realizadas pelas mesmas nos apontam para a pesquisa experimental e etológica e se referem a avaliação e medicação de capaci­dades como: diferenciação e reconhecimento da face materna, efeitos da separação precoce, as reações aos estímulos provenientes de pessoas e provenientes de objetos inanimados, desenvolvimento da linguagem (estudos relativos a inteligência anterior a palavra através da capacidade dos bebês de tratarem a prosódia: prespeech, babytalk, motherese) e ao desenvolvimento das competências. Em relação às metodologias acima descritas, o método de observação de bebês modelo Esther Bick vai se opor radi­calmente ao método experimental e a aproximar-se da forma de pesquisa proposta pela etologia por ser uma proposta naturalista de observação, através da qual a priori­dade é a de que o observador se aproxime da dupla mãe-bebê como tabula rasa, descrevendo a interação em seus detalhes